Esse sempre foi o grande desafio e a grande chave facilitadora para o sucesso de vendas de uma marca, em todos os canais. Para os que pensam que apenas uma boa frase vendedora com uma boa arte resolveria a questão, puro engano. Nem sempre é assim!
Nessa “chave” de comunicação USP estavam embarcados todos os atributos de marketing que a marca queria passar, até porque, não me refiro apenas ao approach, mas ao conjunto estético, criativo, de cores, escolha da tipografia, a harmonia entre marca, embalagem, apelos e, principalmente, seu diferencial competitivo, O MOTE.
Poucas são as inspirações de hoje onde conseguimos encontrar de forma unificada, e em completo equilíbrio, esses fatores tão eficientes do século passado, que atravessarão décadas na cabeça e alma de duas, três, quatro e muitas gerações. Exs.: 51 – Uma boa ideia; Nescau. Energia que dá gosto; A diferença é que o Estadão funciona; BomBril tem mil e uma utilidades; Tomou Doril a dor sumiu; etc.
Poderíamos lembrar de mais uma dezena de USP, pois eram respeitadas pela criação, em suas naturais adequações aos meios de comunicação da época, carregadas de talento e marketing.
Com o novo mundo, não tão novo assim, o mundo digital, as telas e mais telas, mais resumos sintéticos de um USP, com raras exceções, nos colocam diante de um caleidoscópio de interpretações ou percepções da marca pois, no conceito de hoje, a marca é que tem de se adaptar às telas.
Também é verdade, eu concordo e luto por isso, mas sem desfigurá-la, sem perder a personalidade, o USP e, assim, manter sua alma e propositura incólumes em qualquer versão.
A armadura de hoje é o mesmo que o reativismo de ontem e chama-se “falta de alinhamento de marketing”. O criativo precisa dessa cultura ou de trabalhar alinhado com quem conhece. Nada se sustenta só porque é bonitinho ou moderninho, afinal “Tostines vende mais porque é fresquinho ou é fresquinho porque vende mais?”